É cultuado como o Senhor de todas as coisas e do universo, pois é Ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm à Terra.
Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e de braços abertos.
Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.
OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte das Oliveiras.
OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
Oxalufan, Oxalufã, Oxalufon ou Orixalá
É considerado um Oxalá muito velho e sábio, é a primeira forma de Orixá que foi criada por Olorun no início dos tempos, sendo assim associado ao ar que existia antes da criação da Terra e também à água do início da existência.
Detém o axé da criação de todos os seres da Terra, representando a fertilidade masculina.
Veste-se inteiramente de branco, sendo responsável pela manutenção da paz e da tranqüilidade entre os seres criados. Representa a maturidade, a sabedoria e o equilíbrio.
O raciocínio e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência é a grande contribuição desse Orixá para os seres humanos
Curvado pelos anos, anda com dificuldade e hesitação.
Ele apóia seus passos cambaleantes sobre um opaxorô (ou paxorô), grande cajado de metal branco com três pratos, que simbolizam a sua supremacia sobre os mundos dos seres humanos, dos espíritos e dos orixás.

Os pingentes, que estão presos aos pratos, simbolizam os presentes que Lhe eram ofertados nos diferentes lugares por onde passou em suas caminhadas pelo mundo.
O alá é um outro símbolo de Oxalufan, que consiste num pano branco usado para protegê-lo do calor, bem como abrigar, sob sua proteção, todos os seres criados. Serve também para representar a separação entre a Terra e o céu.
Oxaguian ou Oxanguiã

É apontado como o Oxalá jovem, “o moço”, o aspecto guerreiro de Oxalá que carrega uma espada cheio de vigor e nobreza. Oxaguian incentiva o trabalho e a superação.
É o provedor, o guerreiro da paz, é forte, astuto e conquistador. Nunca entra numa batalha para perder, sempre ganhando suas lutas e superando quaisquer obstáculos.
Rege as inovações, a busca pelo aprimoramento e o inconformismo. Representa o início de um movimento. É o Orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.
Oxaguian e Ogum possuem uma grande ligação. Enquanto Ogum fornece meios (ferramentas e armas) Oxaguian fornece inteligência e vontade para vencer, ou seja, além do raciocínio, esse orixá usa o artifício da guerra em determinados momentos.
Essa guerra não deve ser interpretada ao pé da letra, mas, sim, num sentido mais abrangente como, por exemplo, na luta pela sobrevivência.
Lembrando que Oxaguian evita ao máximo o confronto, tentando sempre resolver os problemas de outra maneira, mas se os argumentos não adiantam, entram na guerra lutando até o final. Portanto este Orixá carrega, além do branco, as cores azul e vermelha.
É o mais velho dos Orixás, “O Grande Rei Branco”, “O Grande Orixá” ou “O Rei do Pano Branco” para os iorubás, criador do mundo, dos homens, animais e plantas.
É o pai de Oxalufan, que por sua vez é o pai de Oxaguian. Tão grande e poderoso é Obatalá que não se manifesta, sua palavra transforma-se, imediatamente, em realidade.

Data festiva: 25 de dezembro
Saudação: Epá Babá, Exee Babá, Oxalá Yê Meu Pai.
Símbolo: estrela de cinco pontas.
Sincretismo religioso: Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim (na Bahia, onde é padroeiro)
Cores: Oxalá: branco, que é a cor que concentra todas as cores; Oxalufan: branco e prata; Oxanguian: branco com nuanças de azul
Instrumentos: Opaxorô, um grande cajado enfeitado, feito com prata ou metal branco quando Oxálufan.
Espada e mão de pilão também em metal branco (seu maior símbolo) quando é Oxaguian.
Pedra: Quartzo Cristalino
Ervas principais: Girassol, palmas, lírios, jasmim do cabo, tapete de Oxalá (Boldo), alecrim, eucalipto, sálvia, entre outras.
Oferendas: frutas, coco verde, mel, canjica, água mineral ou vinho branco.
Ponto de força: todos os locais abertos, limpos e puros como praias, jardins, morros, matas.
Características dos Filhos de Oxalá:
Mercê da própria presença soberana do Orixá Maior da Umbanda, os Filhos de Oxalá também marcam naturalmente suas próprias presenças.
Destacam-se com facilidade em qualquer ambiente, são cuidadosos e generosos, e, dada sua exigência no sentido de conseguir sempre a perfeição, são também detalhistas ao extremo. Curiosos, procuram saber detalhes, às vezes, chegando mesmo a tornarem-se aborrecidos por isso.
Pais excelentes. Mães amorosas. Dedicam-se com um carinho excepcional às crianças, com quem se relacionam muito naturalmente e de quem não gostam de afastar-se. Relacionam-se com facilidade com filhos de outros Orixás, todavia, têm sempre certa prevenção em relação às pessoas a quem não conhecem muito bem. São um tanto inconstantes e se amuam ou se zangam com grande facilidade. Impõem sua opinião até os extremos e não raramente por causa dessa característica se desentendem com filhos de Ogum, Inhaçã e Xangô, principalmente.
São, também, pessoas de grande capacidade de mando, tornando-se, não raras vezes, líderes em suas comunidades. Por outro lado, são também ensimesmados, tendo alguma dificuldade em expor problemas e/ou desabafar com estranhos e, às vezes, até mesmo com pessoas íntimas.
A velhice tende a tornar os Filhos de Oxalá irritados e rabugentos. Por paradoxal que pareça, a vaidade masculina encontra em seu mais alto ponto nos Filhos de Oxalá, sempre preocupados em ostentar boa aparência e em serem agradáveis.
As Filhas de Oxalá são boas mães e esposas, embora, às vezes, se mostrem um pouco dominadoras e ciumentas. Também gostam de apresentar-se bem, embora discretamente.